Após protestos, trabalhadores/as rurais da Zona da Mata esperam agilidade na regularização de suas terras


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Carregando faixas e com gritos de pedidos por justiça pelo direito de viver e produzir em suas terras, agricultores e agricultoras familiares da Zona da Mata participaram de protestos na manhã desta segunda-feira (09), nas BRs 101 Sul, em Palmares, e na 232, em Moreno. Eles/as solicitam que o Governo do Estado tome providências urgentes em relação aos conflitos por terra que vêm ocorrendo na região. 

Para chamar atenção da sociedade e do Estado para as situações de violências e ameaças por parte de empresários dos ramos sucroalcoleiro e agropecuário da mata sul, cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam as duas vias de acesso das BRs, nos trechos entre Catende e Maceió (AL) e na altura do município de Moreno, na mata norte. 

“Nós estamos aqui na cidade de Palmares porque não aguentamos mais os fazendeiros em nossas propriedades e destruindo tudo. É lá onde criamos nossos animais. Não estamos aqui à toa, nem somos bandidos. Nossas cercas e lavouras são pisoteadas por tratores, eles ameaçam botar bois lá dentro”, afirmou um dos agricultores familiares presente no ato. 

Os/as trabalhadores/as também reivindicam que o Judiciário agilize os processos das massas falidas e cobrem as dívidas das usinas com o Estado, a União e os/as trabalhadores/as posseiros/as. 

Em nota, o Governo de Pernambuco afirmou que o processo para solução dos conflitos agrários na região já se encontra em curso. O Estado também disse que vem acompanhando o caso por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Secretaria de Defesa Social (SDS), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Defensoria Pública e Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), órgão vinculado à SDA. As famílias aguardam audiência com o governador Paulo Câmara. 

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