Carta do Nordeste sobre o Cenário Pós-eleitoral10/12/2018 |
Nós, participantes do Seminário “Desafios dos Movimentos Sociais do Nordeste e do Brasil Pós-Eleições”, reunidos/as em Recife entre os dias 28 e 30 de novembro de 2018, tornamos pública esta Carta Política num momento histórico que nos convoca à importante ação de “Não Deixar Ninguém Pra Trás”.
A história do Nordeste é marcada pela escravidão, pelo latifúndio, pela pobreza, pelas violências, pelo machismo, racismo e desigualdades tanto no campo, quanto na cidade. É inaceitável que ainda tenhamos a população mais pobre do País, que enfrenta tantas vulnerabilidades, intolerâncias, perseguições, exclusão e mortes. Por isso, nossos movimentos se fortalecem, dialogam e se encontram na defesa dos direitos sociais, culturais, políticos e econômicos, entendendo que a defesa do direito à livre associação entre pessoas, a manifestar-se publicamente, viver uma vida sem violência e a comunicação alternativa, sem monopólios, são essenciais para um país democrático e plural.
Denunciaremos e exigiremos punições aos autores de assassinatos às lideranças dos movimentos sociais, as diversas e plurais comunidades urbanas e do campo. Comprometemo-nos a continuar na resistência, ocupando as ruas, produzir conhecimentos, fortalecendo a educação popular e feminista para construir um Brasil mais justo com o seu próprio povo. Não deixaremos ninguém para trás, como proposto pela Agenda 2030 e seus objetivos de Desenvolvimento Sustentável, pautando produzir conhecimentos, fortalecendo a educação popular e feminista para construir um Brasil mais justo com o seu próprio povo. Não deixaremos ninguém para trás, como proposto pela Agenda 2030 e seus objetivos de Desenvolvimento Sustentável, pautando uma perspectiva de desenvolvimento para todos e todas com justiça e igualdade social.
Assim, hoje, 10 de dezembro de 2018, quando se celebra os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirmamos a defesa do Estado Democrático de Direito e da Constituição Brasileira. Estaremos juntos e juntas para reafirmar que o Estado é Laico e tal laicidade deve ser garantida nas instituições públicas, inclusive nas Escolas. E estaremos unidas e unidos para apoiar o multilateralismo que entendemos ser fundamental para defesa de direitos sociais, econômicos, culturais e ambientais para as relações de solidariedade internacional e latino-americana.
Reafirmamos, sobretudo, nossa coragem e determinação, de levar, com amorosidade, a resistência na defesa dos Direitos Humanos para todos os cantos do Nordeste e do País “Ninguém solta a mão de ninguém, para não deixar ninguém para trás”.
“O amor é a força mais sútil do mundo” Gandhi.
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