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Aumento das violências marca Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

Enquanto o mundo celebra a data de 15 de junho como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, instituída desde 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, o Brasil aumenta os registros na violência contra essas pessoas. 37.454 é o número das denúncias de violações contra as/os idosas/os no ano de 2018, segundo o levantamento do Disque 100 e que aponta um aumento de 13% com relação ao ano anterior.

Desse total as mulheres são as mais atingidas, com 62,6% dos casos. Os dados foram apresentados na última terça-feira (11), pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mas não informa os dados do meio rural. O relatório informa que São Paulo ocupa o primeiro lugar como estado violador com 9.010 registros. Com 1.338, Pernambuco está em oitavo lugar.

Tanto em nível nacional como no estado pernambucano, as violações mais comuns foram a negligência com 38% dos casos, a violência psicológica com 26,5%, a patrimonial, 19,9% e a física com 12,6% dos registros. No entanto, segundo o Ministério, em alguns casos, mais de um tipo de violência foi registrada numa mesma denúncia. A maioria das agressões, 85,6%, acontecem nas residências das vítimas e são cometidas por filhos, 52,9%, e netos 7,8%. O relatório informa que a faixa etária das vítimas se divide em dois perfis, os com idade entre 76 e 80 anos (18,3%) e entre 66 e 70 anos (16,2%).

O Diretor de Políticas da Terceira Idade Idosos/as Rurais da Fetape, Israel Crispim, alerta que mesmo com essa data já posta no calendário mundial, o Brasil vai amargar duros aumentos das violações contra as pessoas idosas nos próximos tempos. “Um governo que impõe uma reforma trabalhista e uma proposta de negação da aposentaria é um governo que descumpre todos os acordos de proteção do seu povo. Mexer no sistema da Proteção Social, que garante a saúde, a assistência social e a previdência é condenar as pessoas ao não envelhecimento e sim, à morte, especialmente daqueles que colocam o alimento na mesa da população. A partir desse ano, os familiares perderão para o Estado brasileiro como violadores ”.

Reconhecendo a importância das pessoas idosas na construção da luta e das conquistas da classe trabalhadora a Fetape vem, ao longo dos últimos quatro anos, escrevendo capítulos de reconhecimento e cuidado desses sujeitos políticos que se expressam na criação da Campanha de Valorização e no desenvolvimento dos Cursos de Formação Política para a Pessoa Idosa do Campo, inéditos no país. Também tem sido pauta da Diretoria a realização de Seminários Estaduais de Formação e Capacitação para a Terceira Idade, onde são abordados temas como direitos humanos, políticas específicas para a pessoa idosa, bioenvelhecimento, trabalho, agroecologia, sucessão rural, sustentabilidade político-financeira do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), empréstimo consignado entre outros. Esse ano tem realizado diversas mobilizações contra a reforma da Previdência e as propostas de Medidas Provisórias que interferirão na vida das/os idosas/os rurais.



Com informações da Agência Brasil e Contag

Fonte: Rosely Arantes - Assessora da Diretoria de Políticas da Terceira Idade Idosos/as Rurais da Fetape

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