Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.
Notícias
Se não negociar, o Vale vai parar
No segundo dia de negociações (20/01) da 21ª Campanha Salarial dos Assalariados da Hortifruticultura do Vale do São Francisco, o sentimento dos trabalhadores foi um só: “Se não negociar, o Vale vai parar”. A classe patronal trouxe suas contrapropostas, mas pouco se viu de ganho real para os trabalhadores.
Entre os argumentos da classe patronal para propostas tão abaixo do esperado, entre elas o salário de R$800, quando a reivindicação é de R$855,está a atual situação econômica do país. Para a diretora de Política Salarial do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Petrolina, Simone Paim, essa justificativa não é real, pois as empresas recebem ajuda do Governo Federal. “Nesses dois dias de negociações, percebemos que a classe patronal não está preocupada em negociar os salários, se esquecendo que o Governo Federal disponibiliza recursos para as empresas em tempos de crise”.
A diretora lembra, ainda, que os trabalhadores têm uma mão de obra especializada e que se dispõem a trabalhar e contribuir para o crescimento econômico empresarial do Vale do São Francisco, bem como para o desenvolvimento nacional. “As adversidades da crise econômica, não podem ser atribuídas aos trabalhadores. Essa é uma forma da classe patronal não querer dar um piso salarial digno para esses trabalhadores que, há muitos anos, contribuem com sua mão de obra. O Vale é referência na qualidade dos frutos que produz, tanto na exportação quanto na importação”, argumenta
Ainda não há previsão de data para o término das negociações, mas se espera que trabalhadores e empregadores entrem num entendimento.
Texto e fotos: STR Petrolina