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2º Conselho Deliberativo da Fetape discute caminhos para fortalecer a luta e enfrentar a crise financeira do Movimento Sindical Rural
Valorizar os espaços democráticos é reconhecer que é no diálogo e na construção coletiva que se definem os rumos da luta sindical. Com esse propósito, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Pernambuco (Fetape) realizou, de forma virtual, o seu 2º Conselho Deliberativo, reunindo 103 sindicatos filiados, todos com direito a voz e voto, 24 sindicatos como observadores para debater e deliberar sobre questões centrais da conduta política da Federação.

Participaram ao todo 345 pessoas, incluindo delegados/as, observadores/as, convidados/as, e a equipe militante da Fetape, sendo 261 delegados e delegadas, representando 48 sindicatos da região do Sertão, 31 do Agreste e 24 da Zona da Mata. Também estiveram presentes o deputado estadual Doriel Barros (PT), o deputado federal Carlos Veras (PT), o presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, e a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Vânia Marques.

O Conselho Deliberativo é um elo direto entre a Federação e seus sindicatos filiados. É por meio dele que se promovem debates estratégicos para sutentabilidade política e financeria do sitema confederativo.

A presidenta da Fetape afirmou que o movimento sindical rural está enfrentando a crise de cabeça erguida. “Estamos enfrentando a crise financeira mantendo a luta em prol da Agricultura Familiar”.

O vice-presidente da Fetape, Adelson Freitas, reforçou que é preciso mobilizar a base com estratégias variadas de comunicação. “Precisamos investir fortemente em comunicação — não apenas no marketing e nas redes sociais, mas também no contato direto com as pessoas nas comunidades, envolvendo delegados e apoiadores, para mostrar o papel do sindicato.”

O deputado estadual Doriel Barros avaliou que o governo federal tem conduzido de forma correta o caso do INSS. “Por conta de organizações fraudulentas, estamos enfrentando um cenário de crise no sindicalismo rural brasileiro, com forte pressão política interna e externa, mas seguimos insistindo no diálogo e na busca de soluções para o movimento sindical.”
A presidenta da Contag, Vânia Marques, destacou que a importância das federações pautarem seus governos estaduais e reivindicando políticas públicas para os agricultores e as agricultoras familiares.”

O deputado federal Carlos Veras defendeu a necessidade de unidade no movimento sindical. “Precisamos ter um trabalho de base e continuar a unidade e união de todos os nossos sindicatos.”

Ainda durante a abertura política, o presidente da CUT Pernambuco, Paulo Rocha, fez um chamado para participação no Plebiscito Popular. “É hora de somar forças no Plebiscito Popular! Defendemos a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais e a taxação das grandes fortunas. Essa é uma medida essencial para garantir mais recursos para a reforma agrária, a educação, a segurança, a moradia e tantas outras áreas que fortalecem a classe trabalhadora.”

Um balanço sobre o 8º Grito da Terra Pernambuco que aconteceu no dia 29 de julho foi realizado quando cerca de mil lideranças sindicais foram ao Palácio do Campo das Princesas para entregar à governadora Raquel Lyra reivindicações por políticas públicas estruturantes para o campo. As demandas incluem incentivo à agroecologia, produção de sementes crioulas, assistência técnica, reforma agrária, regularização fundiária e melhorias nas estradas, escolas rurais e ampliação da CNH rural.

O conselho foi realizado em 13 de agosto, ao longo de todo o dia, com deliberações sobre questões políticas e financeiras.
Fonte: Shaynna Pidori