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Fetape avança mais uma etapa do Projeto Fortalecer II com oficinas regionais no Sertão e Agreste
A Fetape deu mais um passo importante no Projeto Fortalecer II ao realizar, nos dias 9 e 11 de setembro, as oficinas regionais em Serra Talhada (Sertão) e em Garanhuns (Agreste). No Sertão, o encontro reuniu 107 participantes no auditório da Uninassau; e no Agreste, foram 55 participantes no Centro de Formação Luís Inácio Lula da Silva.
As oficinas contaram com a presença de representantes de organizações produtivas da Agricultura Familiar, lideranças sindicais, equipe técnica do projeto, dirigentes e assessorias da Fetape, convidados e representantes dos gabinetes dos parlamentares Doriel Barros e Carlos Veras.

Durante os encontros, também foi lançado o podcast “Safra de Oportunidades”, que traz, em episódios curtos de até cinco minutos, explicações sobre políticas públicas e o programa Desenrola Rural, além de relatos de agricultores e agricultoras que já estão conseguindo acessar créditos, PAA e PNAE. O podcast inclui ainda dicas práticas para enfrentar a burocracia e teve seu lançamento bastante celebrado pelos participantes das oficinas.

Link no Spotify do Safra de Oportunidades
Oficina Regional do Sertão
Os cinco diretores dos polos sindicais do sertão estiveram presentes.

O diretor de Política Agrícola da Fetape, Antônio Neto, relembrou o Projeto Fortalecer I, financiado por emenda parlamentar do deputado federal Carlos Veras, explicando que, graças a essa iniciativa, foi possível mapear associações e cooperativas de agricultores familiares, identificando o que cada uma produzia. Esse levantamento resultou na criação de um banco de dados detalhado sobre a produção da agricultura familiar no estado. “Com o Fortalecer II, o objetivo é dar continuidade a esse trabalho, oferecendo informação e assistência às associações que ainda não conseguiram acessar políticas públicas”, afirmou Antônio.
O diretor de Política para Terceira Idade, Adimilson Nunis, destacou que o diferencial da agricultura familiar em relação ao agronegócio está no compromisso com a preservação do meio ambiente e com a vida dos agricultores e agricultoras. “Quem mais preserva o meio ambiente e quem mais produz diversidade é a Agricultura Familiar, e o risco de entrar no pacote dos agrotóxicos seria perder essa diferença”, destacou Adimilson.

A presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares, Iara Lima, chamou atenção para a mudança de concepções sobre a agricultura familiar. Ela lembrou que, se antes a luta era pelo acesso à terra, pela aposentadoria e pelo reconhecimento das mulheres como trabalhadoras, hoje o grande desafio é a comercialização. “Se não existe sindicato sem agricultor, também não existe Agricultura Familiar sem comercialização. Aquela agricultura de subsistência já não existe mais, não podemos pensar em agricultura sem pensar em comercialização”, falou a presidenta.

A diretora de Política para Mulheres, Adriana do Nascimento, reforçou que as conquistas de hoje são frutos da luta coletiva. “Se hoje estamos aqui, temos esse projeto é porque outras mulheres e homens passaram pelo movimento sindical e garantiram que o nosso trabalho fosse reconhecido e valorizado”, afirmou Adriana.
Na mesma linha, a diretora de Política Agrária, Rozário França, ressaltou que o sindicato e as associações são o chão da luta e enfatizou que nunca se deve desistir, mesmo diante das dificuldades.

Oficina Regional do Agreste
No Agreste, o encontro reuniu os três diretores dos polos sindicais da região, além da presidência da Fetape. O deputado federal Doriel Barros participou e falou sobre seu trabalho em defesa da idoneidade do movimento sindical.

A diretora de Organização e Formação Sindical, Jenusi Marques, instigou o debate em torno da comercialização ao questionar em quais espaços seria possível ampliar esse processo. Ela lembrou que existem barreiras como o deslocamento e que o acesso a políticas públicas, como o PAA, é fundamental para criar oportunidades de comercialização. “O momento é de refletir sobre esses desafios e avançar na organização da produção”.

O diretor de Política para Juventude, José Severino (Dedé), ressaltou a importância da luta por preços justos, defendendo que a comercialização precisa estar lado a lado com agricultores e agricultoras, levando informação, de boca em boca, e mostrando que é possível melhorar a qualidade de vida por meio da Agricultura Familiar.

A presidenta do STR de Saloá, Rose Santos, avalia o Projeto Fortalecer II pode provar mudanças nas práticas sindicais. “Estou desde os 16 anos no Movimento Sindical, são 19 anos de caminhada em que os sindicatos sempre buscaram as políticas públicas, mas quase nunca foram responsáveis pela execução delas. É fundamental que, além de garantir as políticas, a Fetape e os sindicatos também possam executá-las”, disse Rose.


O vice-presidente da Fetape, Adelson Freitas, reforçou a necessidade de atrair novas parcerias e afirmou que somente fortalecendo sindicatos, associações, cooperativas e entidades nos territórios será possível avançar na comercialização da Agricultura Familiar.

Imagens: Shaynna Pidori